Viver: Uma dádiva

Envelhecer é um processo natural, assusta porque denuncia o fim da existência humana, contudo é possível preparar-se para envelhecer com dignidade, aproveitando a vida até seu último minuto.

O ciclo natural da vida envolve nascimento, amadurecimento e declínio das funções vitais na velhice. Infelizmente este é um tema pouco discutido em nossa sociedade, parece que ainda é um tabu para muitos, principalmente por envolver o envelhecimento e a morte.

Acontece que envelhecer com saúde e dignidade é um direito e, acima de tudo, um privilégio de poucos. Mas que depende, especialmente, do nível de preparação do indivíduo para esta condição natural da vida.

O que não significa dizer que as pessoas devam se preparar para envelhecer, com o intuito de se aposentar e descansar, não é nada disso. É preciso se preparar para a vida, o que envolve aspectos emocionais, psicológicos, espirituais, profissionais, sociais e físicos, dentre outros, de acordo com os princípios e valores de cada um.

É preciso viver em plenitude, não como se o mundo acabasse amanhã, mas ponderando o presente e sua repercussão em sua vida futura, tendo assim, uma vida sem exageros, mas carregada de bons propósitos para si mesmo e para os outros.

Nesta ótica tudo é importante, qualidade do sono, da alimentação, do equilíbrio entre repouso e atividade física, dos relacionamentos sociais e familiares, além de sua própria relação consigo mesmo.

Viver é uma arte para ser aprendida, tanto quando se fala da interação com os demais, como quando se refere à própria maneira que cada um visualiza sua vida e seu futuro.

Querer viver bem é conhecer seu corpo e seu espírito, identificando suas necessidades e suprindo-as sem exageros ou carências, sem deixar para depois o que é urgente e sem priorizar o que é supérfluo.

De nada adianta apregoar aqui o que seria certo, até mesmo porque quem sou eu para fazê-lo, porém vale a tentativa de lembrar que o tempo passa para os vizinhos, amigos, familiares e também para nós, sendo imprescindível que cada um tome consciência de seus atos, verificando se estes os estarão preparando para a vida futura em plenitude.

Envelhecer não é triste, triste é não ter vivido ou ter desperdiçado a vida com assuntos banais ou destruindo nossa própria saúde, esquecendo do que realmente importa que somos nós mesmos e as pessoas que nos cercam.

Referência(s)

PAPALÉO NETTO, M. Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São Paulo: Atheneu, 2002.

Autor(a)

Claudete Likes Penteado

Bacharel em Economia Doméstica pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE.

Contato

claudete@sudonet.com.br


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