Registros isotópicos obtidos em cavernas revelam como variou a distribuição de chuvas no país durante mudanças climáticas globais que afetaram a Europa na Idade Média
A Europa viveu entre 1500 e 1850 o que foi chamado de Pequena Era do Gelo
que se caracterizou por uma baixa nas temperaturas médias. Mas como esse evento climático afetou a América do Sul?
Um novo estudo foi feito a partir da análise de rochas de cavernas em Mato Grosso do Sul e em Goiás para tentar investigar isso. Concluiu-se que nos séculos 17 e 18, o clima do sudoeste do Brasil era mais úmido que o atual porém o do Nordeste era mais seco. Os mesmos registros de cavernas brasileiras revelaram que, entre os anos 900 e 1100, durante a chamada Anomalia Climática Medieval onde as temperaturas eram mais altas no hemisfério norte o clima era mais seco no Brasil.
Segundo o geólogo e professor Francisco William Cruz, um dos autores do estudo: Trabalhamos em diversas escalas de tempo. Há estudos que investigam o paleoclima há dezenas ou centenas de milhares de anos. No novo estudo, investigamos alterações climáticas durante os últimos dois milênios
.
Trata-se de uma das primeiras evidências a constatar uma relação entre as mudanças climáticas durante a Pequena Era do Gelo e a Anomalia Climática Medieval no hemisfério Norte e alterações no padrão de chuvas sobre a América do Sul.
Referência:
Estarão algumas etnias indígenas brasileiras sendo utilizadas para ameaçar a soberania do Brasil sobre a Amazônia?
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