Como as cidades tratam seus rios

Pesquisa investiga 16 municípios do Oeste Paulista, formados na esteira da expansão do café, e faz diagnóstico dos cursos d?água que sustentaram sua criação


Assim como na cidade de São Paulo, os rios de muitas das cidades do interior do estado de São Paulo seguem o mesmo caminho: canalizados e escondidos sob o asfalto de grandes avenidas ou áreas pavimentadas. Estes rios esquecidos só são lembrados nas épocas de chuvas onde sua vazão os faz transbordar.

O projeto A construção da paisagem de fundos de vale em cidades do Oeste Paulista, conduzida por Norma Regina Truppel Constantino, professora no curso de Arquitetura e Urbanismo e no mestrado acadêmico em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual Paulista ( Unesp ) investigou a situação de 16 cidades do Oeste Paulista, que nasceram e se desenvolveram ao longo do ciclo da expansão da cafeicultura, e descobriu estes fatos sobre os rios urbanos.

Segundo Regina Constantino Nosso objetivo foi saber como os rios que sustentaram o nascimento dessas cidades são percebidos atualmente pelas respectivas populações, se eles ainda têm importância para as pessoas e são levados em conta pela gestão municipal, pelos planos diretores, pelos projetos aprovados pela câmara etc.

O projeto teve como enfoque quatro cidades em cada uma das quatro linhas férreas que cortam o Oeste Paulista. Na linha Noroeste : Botucatu, Lins, Penápolis e Araçatuba. Na linha Alta Paulista : Agudos, Lençóis Paulista, Tupã e Panorama. Na linha Sorocabana : Avaré, Ourinhos, Presidente Prudente e Presidente Epitácio.

Como resultado o projeto diagnosticou os vários problemas que podem ser melhor enfrentados.

Em muitos casos a própria legislação não foi seguida, resultando na degradação ambiental porém existem casos em que os rios foram preservados e seu acesso democratizado à população, seja através de algum nível de interferência paisagística ou simplesmente preservando-o em sua integralidade.

Porém de todos os problemas a canalização dos rios e córregos é um dos mais graves apontados pela pesquisadora. Este modelo, apesar de muito criticado hoje, foi amplamente utilizado no passado, especialmente na capital paulista.

Mais informações na matéria de José Tadeu Arantes | Agência FAPESP

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