Por Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Por Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Enzima que decompõe plástico é melhorada por pesquisa de brasileiros

Brasileiros participam de trabalho internacional para aumentar a capacidade da PETase de decompor o polietileno tereftalato (PET), utilizado em garrafas e responsável pela produção anual de milhões de toneladas de lixo


Uma garrafa PET pode levar até 800 anos para se decompor na natureza e este é o motivo do grande interesse na descoberta de uma enzima capaz de digerir o polietileno tereftalato.

A novidade foi descrita em artigo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America ( PNAS ). Dois pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas participaram da pesquisa em colaboração com pesquisadores de outros países.

A PETase surgiu em 2016 quando um grupo de pesquisadores japoneses, tendo à frente Shosuke Yoshida, identificou uma nova espécie de bactéria, Ideonella sakaiensis, capaz de usar o polietileno tereftalato (PET) como alimento. Trata-se, até hoje, do único organismo conhecido com essa capacidade. Ele, literalmente, cresce sobre o PET.

O que os pesquisadores conseguiram fazer agora foi aumentar a capacidade da enzima PETase de degradar o plástico.

O pesquisador da Unicamp, Rodrigo Leandro Silveira, afirma que: 'Usado principalmente na fabricação de garrafas de bebidas, o polietileno tereftalato é também muito empregado na confecção de roupas, tapetes e outros objetos. Em nossa pesquisa, caracterizamos a estrutura tridimensional da enzima capaz de digerir esse plástico, a engenheiramos, aumentando seu poder de degradação, e demonstramos que ela é também ativa em polietileno-2,5-furanodicarboxilato (PEF), um substituto do PET fabricado a partir de matérias-primas renováveis'.

Mais informações na matéria de José Tadeu Arantes | Agência FAPESP

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