Mudanças climáticas são inegavelmente causadas pela humanidade avaliam cientistas

Variabilidade natural do clima não explica o aumento da temperatura do planeta registrado desde o século XIX, avaliaram pesquisadores participantes da segunda edição do programa de TV ?CiênciAgência FAPESPa Aberta?


O programa de TV Ciência Aberta, uma parceria da FAPESP com o jornal Folha de S.Paulo, fez uma edição sobre Mudanças Climáticas Globais e teve como debatedores os pesquisadores Thelma Krug, pesquisadora, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC); Paulo Artaxo, professor titular e chefe do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG); e Gilberto Câmara, pesquisador e ex-diretor do Inpe, copresidente do Belmont Forum e diretor do Secretariado do Group on Earth Observations (GEO).

Você pode assistir o programa abaixo

No programa são discutidos o aumento médio na temperatura da Terra acima de 1º, que embora pareça pouco causa um impacto enorme, e o fato das mudanças climáticas não atingirem de forma igual os países e regiões. Um exemplo disso é citado pelo professor Paulo Artaxo. Segundo ele na região Nordeste do Brasil a temperatura média aumentou 2,5ºC nas últimas décadas, o que está acima da média global. Um aumento médio de 3 ºC a 5 ºC na temperatura do planeta ao longo deste século pode resultar em um aquecimento em áreas continentais superior a 5 ºC, uma vez que elas se aquecem mais do que as áreas oceânicas ressaltou o professor.

Os efeitos desta brutal mudança não se dão somente sobre as pessoas mas sobre a economia no impacto direto sobre a agricultura, nos ecossistemas florestais e no aumento do nível dos oceanos que já fez no Brasil o nível do mar aumentar 60 centímetros nos últimos 100 ano. Ilhas inteiras em arquipélagos do Oceano Pacífico estão completamente ameaçadas de desaparecer.

A necessidade de medidas urgentes para frear o processo de mudanças climáticas está clara com o estabelecimento do Acordo Climático de Paris, aprovado por 195 países ? incluindo o Brasil ? em dezembro de 2015 porém o desafio agora é a capacidade de os cidadãos dos países signatários do acordo cobrarem de seus governos o cumprimento de metas de contribuição de redução de emissões de gases de efeito estufa que apresentaram para estabelecer o acordo.

Mais informações na matéria de Elton Alisson | Agência FAPESP

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