Países em desenvolvimento precisam ampliar esse tipo de estudo a fim de possibilitar avaliar os impactos e gerar cenários futuros, avalia pesquisadora membro do IPCC
Devido as dificuldades dos países em desenvolvimento, estudos sobre mudanças climáticas nestes ainda são raros porém é cada vez mais necessário que estes estudos sejam realizados.
Os estudos de detecção e atribuição das mudanças climáticas a eventos climáticos extremos individuais e de previsão de novos eventos têm aumentado em muitas partes do mundo, mas na América do Sul ainda há poucos
disse Carolina Susana Vera, professora da Universidade de Buenos Aires (UBA), da Argentina, em palestra na 5ª Conferência Regional sobre Mudanças Climáticas Globais.
A professora lembra que dos poucos estudos feitos na América do Sul sobre as mudanças climáticas foi em 2014 durante a seca extrema que o sudeste brasileiro atravessou.
A Argentina enfrentou na mesma época uma onda de calor extremo durante mais de 15 dias, a mais longa em 75 anos, e fez com que o sistema de energia da capital do país entrasse em colapso.
O estudo deste evento na Argentina identificou que possivelmente um aquecimento global antropogênico foi a causa do calor e estimam que eventos como este que antes ocorriam em ciclos longos poderão no futuro próximo ocorrer em períodos mais curtos como de 15 em 15 anos ao invés dos 75 anos anteriormente identificados.
Maiores estudos são necessários para ajudar a traçar planos tanto para frear as mudanças climáticas quanto para mitigar regionalmente as consequências nefastas dos eventos climáticos extremos.
Mais informações na matéria de Elton Alisson | Agência FAPESP
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